A febre do comércio virtual, com entrega em 24 horas, é tão perversa para a sustentabilidade quanto o uso do automóvel para ir à padaria a 600 metros de casa. O carbono por grama é assustadoramente alto quando um sistema logístico inteiro tem que ser posto em funcionamento para realizar uma entrega em prazo tão curto. As oportunidades de se juntarem mercadorias para transportá-las ao mesmo tempo, reduzindo desse modo a emissão de CO2 por quilograma são praticamente eliminadas. E consolidar cargas passa, evidentemente, pela existência de maior quantidade de espaços logísticos.
Eles podem ter dimensões modestas, reduzidas – suficientes para atender, por exemplo, a entrega de comida em um bairro. Muitos restaurantes, aliás, já estão implantando suas cozinhas em condomínios específicos para isso. A propósito, o atendimento ao cliente nesse tipo de demanda teria o potencial de abrir oportunidades para, por exemplo, ocupar espaços públicos abandonados. Os vãos embaixo de viadutos poderiam ser concedidos a plataformas que operam com delivery de comida para a implantação de pontos de agrupamento de carga, apoio e descanso dos entregadores. Mais...
Fonte: piaui.folha.uol.com.br
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