Boa parte do nosso entendimento sobre o mundo corporativo e da forma como concebemos, organizamos e operamos nossas empresas é baseada em um conjunto de equívocos. Isso acontece porque consideramos ideias cujo tempo já passou, mas que continuam a nos rondar como fantasmas. A humanidade, para dar alguns passos adiante, precisou sepultar certas ideias ultrapassadas – o sol gira em torno da terra; a caixa craniana do ser humano é rígida; o mundo foi criado em seis dias; o ser humano não pode voar, dentre tantas outras “verdades”. O mesmo movimento precisa ser feito no universo dos negócios urgentemente.
Assim, vamos a uma análise detalhada de ideias mortas, que pode constituir um bom ponto de partida para esse processo de desapego:
A) “O maior concorrente de uma empresa é quem fabrica os mesmos produtos ou presta os mesmos serviços"
B) “Tamanho é documento e ser grande é importante para o sucesso”
Esse pensamento é forte nos bastidores das diversas ondas de fusões e aquisições que presenciamos. Porém, mais da metade das fusões fracassam ao não cumprir os benefícios econômicos prometidos por seus arquitetos. Muitas vezes, o valor da empresa comprada é, até mesmo, destruído. Ou seja, na maioria dos casos, o valor de mercado resultante da fusão acaba sendo menor que a soma do valor individual das empresas antes desse movimento.
C) “Ser pioneiro no lançamento de um produto ou serviço garante sucesso”
Em alguns casos, essa crença até se confirma, mas não existe evidência taxativa e consistente, comprovando o pioneirismo em um produto ou serviço como garantia de sucesso. A Amazon.com, por exemplo, não foi a primeira, mas a quarta ou quinta a vender livros no mercado virtual. Exemplos semelhantes podem ser encontrados na indústria farmacêutica e em empresas emissoras de cartões de crédito, entre outros. Melhor pensar nas empresas vencedoras como pioneiras em despertar paixão nos clientes e não porque, simplesmente, foram as primeiras a lançar produtos ou serviços “matadores”.
D) “Sucesso é ampliar a base de clientes e ser líder no mercado”
Muitas empresas perdem o foco porque vivem em função do que percebem da estratégia do concorrente. Ficam extremamente obcecadas com os lançamentos de produtos do competidor, suas promoções e precificação, a ponto de virarem reféns disso. Ao tentar ultrapassar a concorrência e assumir a liderança do mercado, acabam atraindo clientes que custam caro, pois são ruins e inadimplentes, além de nem valorizarem seus produtos ou serviços. Melhor pensar que o sucesso consiste em superar-se. Ou seja, hoje ser melhor que ontem e amanhã melhor que hoje, em um processo de evolução contínua. A verdadeira olimpíada empresarial está dentro da própria empresa.
E) “Estrategistas são visionários”
Essa crença elitista criou diversas fragmentações na vida empresarial. Afastou o planejamento da ação; separou o escritório central do chão de fábrica; e isolou a operação da direção.
Fonte e matéria completa: www.istoedinheiro.com.br
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